No último dia 03 ocorreu junto à Caixa, em Brasilia, a reunião da Comissão de Sustentabilidade, composta pelos Estados: PE, MT, BA, MA e GO. Com a presença do presidente Jodismar Amaro (SP) e do Vice-Presidente Marcos Antonio Kalikowski (RS).
A Febralot iniciou a reunião questionando as atitudes unilaterais adotadas pela permitente junto à Rede e que causaram desconforto com ações diretas que dificultaram o trabalho nas ULs sem que a Federação fosse consultada. Um assunto bastante comentado nos últimos dias e abordado na reunião foi a limitação imposta pela Caixa na requisição de bobinas das ULs (limitada a 8 caixas por mês, quantidade insuficiente para atender a demanda). A explicação dada foi que houve uma falha de comunicação entre a GERPA e a empresa distribuidora das bobinas mas que é um problema que já está sendo sanado. A suspensão de impressão do comprovante de pagamento para loteria também foi abordado e a Caixa se comprometeu a consultar a Federação previamente antes de tomar medidas que possam dificultar a logística de trabalho dos empresários lotéricos.
A Comissão de Sustentabilidade definiu seu escopo junto aos presentes:
O primeiro item, mais importante para a Rede, foi dividido em:
Diversas sugestões foram apresentadas. Uma delas foi a criação de um teto mínimo a ser pago à Rede estabelecido mediante apuração de custo mínimo exigido pelo negócio na esfera nacional para que fosse utilizado sempre que houvesse uma negociação com um parceiro, cliente ou instituição interessada em utilizar a Rede e também utilizado nas renegociações atuais. Também com a possibilidade de uma regionalização de custos e preços que, para se efetivar um contrato abaixo desta margem a Rede deveria estar de acordo através dos sindicatos estaduais.
Outra ideia apresentada foi a quebra do monopólio tarifário, dando liberdade para o lotérico teria um limite para poder cobrar a tarifa com flexibilidade de forma semelhante ao praticado com os bolões.
Também foi sugerido que o lotérico receba um percentual sobre o valor da tarifa negociada nos contratos, no mínimo em 50% destas tarifas.
Finalmente, outra ideia foi que o empresário lotérico receba uma comissão / prêmio pelo pagamento de premiações em sua UL.
Após as sugestões a Caixa ficou de apresentar para a próxima reunião com a Comissão um parecer do que pode e o que não pode ser realizado, bem como os prazos para implantação do que for adotado.
Foi apresentada pela Federação a possibilidade de implantação do sistema TECBAN “sistema Banco 24 horas”, que além de ser o principal canal de autoatendimento externo, possui mais de 40 bancos disponibilizando operações financeiras através dos Bancos 24 hs. A Caixa ficou de analisar esta possibilidade também com resposta já na próxima reunião.
Para os adicionais de SEGURANÇA e BLINDAGEM ficará em análise a possibilidade de se estender o valor de segurança para todas as lojas, inclusive as que não têm carro-forte (quando as empresas não atendem uma localidade específica), onde o empresário fica em situação de risco ao fazer o papel do serviço que não possui as vezes por longas distâncias.
Outra sugestão foi a de se diferenciar o adicional de CARRO FORTE, do adicional de SEGURANÇA, tendo em vista que o carro forte esta ligado ao transporte de numerário da loteria para tesouraria da Caixa enquanto a segurança e vários outros itens existentes obrigatoriamente ou suplementarmente nas lojas, tais como sistema de monitoramento por câmeras e alarmes (que precisam de manutenção constante), seguranças em tempo integral, para abertura e fechamento da loja ou para garantir o transporte do numerário por parte do lotérico para a Agência, blindagem, cofre inteligente, monitoramento em tempo integral por empresas de segurança particular, ETC. A Caixa ficou de averiguar a possibilidade de se implementar e ou colocar em prática a sugestão, bem como caso não seja possível fazer um restruturação dos já pagos atualmente, implementando o adicional de cofre inteligente também.
A Caixa apresentou interesse em melhorar as campanhas de propaganda e marketing buscando melhorias e uma das ideias apresentadas foi o direcionamento de verba para as SRs para que estas possam atuar junto a Rede local, conjuntamente com a participação de Federação e comissões a fim de se desenvolver melhores ações neste setor. Podendo ainda ser criada faixas de classificação da rede, onde as metas seriam estabelecidas dentro das faixas, equilibrando o cumprimento e a relação entre as lojas, que concorreriam com outras de seu mesmo patamar de movimento e rentabilidade, facilitando assim o batimento das metas e consequentemente seus benefícios.
Por fim, entrou em discussão a concessão CRÉDITO onde as atuais possibilidades de contratos de empréstimo para o Lotérico, ainda são onerosas demais, exigindo garantias e taxas que encarecem o crédito, e dificultam a sua aquisição. Foi antão sugerido um empréstimo onde não fosse cobrada a garantia de FGO e nem o TAC, que a referida linha de crédito tivesse como base o EMPRESTIMO CONSIGNADO, onde o pagamento das prestações, da concessão e do limite do crédito, seria vinculado a uma percentagem do valor médio recebido pelo lotérico na sua tarifação do dia 02, que a percentagem poderia ser estabelecida em um patamar mínimo de 50% do referido crédito, e que o prazo máximo fosse de 60 meses, e que fosse estabelecia a condição de que a concessão deste crédito estaria condicionada à quitação por ele próprio de todos os empréstimos existentes em nome da loteria, ou seja, na concessão do credito os contratos existentes seriam quitados e a diferença liberada para a Loteria.
Com perspectiva de análise de todas as propostas até a próxima reunião por parte da Caixa, a Comissão deve voltar à mesa de negociações na primeira quinzena de Dezembro.